Comissão Especial de Inquérito realiza visitas nas instalações da COPASA

por Analista de Comunicação publicado 21/08/2019 11h50, última modificação 22/09/2021 11h24

Visita à estação

No dia 25/07, os integrantes da Comissão Especial de Inquérito visitaram a Estação de Tratamento de Água de Visconde do Rio Branco - Ribeirão Piedade e a captação Ribeirão Piedade.

Estiveram presentes na visita o Vereador Gerson Gomes (PTC), presidente da comissão, o Vereador Reginaldo Victor Bastos (PT), relator da comissão, o Vereador José Silvio Gomes (MDB), membro da comissão e o assessor de gabinete, Lucas Gonzaga, que esteve representando o Vereador Sérgio Aroeira Braga Filho (PSL) que também é membro da comissão.

O presidente da comissão destaca a importância dessas visitas, pois é por meio delas que os vereadores podem fiscalizar a qualidade do tratamento da água e da estrutura da barragem e estação.

O funcionário da COPASA, José Givanilton Sabino, Operador de Estação de Tratamento de Água, recebeu a comissão e mostrou como é realizada a captação e, posteriormente, o tratamento da água. Givanilton falou sobre os procedimentos técnicos realizados, como a colocação de cal, sulfato de alumínio e gás cloro na água, e explicou sobre a periodicidade de análise da água. Segundo ele, amostras são coletadas, diariamente, tanto na estação quanto em vários pontos da cidade, para determinação dos parâmetros flúor, pH, cor e turbidez. 

Durante a visita, os integrantes da comissão questionaram o funcionário sobre reclamações recorrentes que chegam até os vereadores, como a falta de água em alguns pontos da cidade e a má qualidade da água que chega até a casa dos moradores, muitas vezes com coloração amarelada ou escura e com alguns sedimentos.

O operador disse que essas situações ocorrem quando a COPASA realiza obras ou manobras em alguns pontos de ligação. No caso da falta de água, ela pode ser momentânea devido ao fechamento de algum ponto ou, na época de verão, quando o consumo aumenta, o sistema elétrico tem sobrecargas que acarretam em queda de energia e, consequentemente, na falta de água, pois as bombas dependem exclusivamente da energia elétrica para se manterem ligadas.

No caso da água com sedimentos, Givanilton explica que quando o abastecimento de um determinado ponto é interrompido e, posteriormente religado, os resíduos dentro do cano soltam-se das extremidades devido a pressão da água, levando as partículas diretamente para o consumidor.
Os vereadores também aproveitaram a visita para analisar a instalação física do local, verificando a limpeza e organização do espaço, manutenção dos equipamentos e o acondicionamento dos insumos. Esses requisitos precisam estar dentro das normas exigidas pelo Ministério da Saúde e outras normas específicas da vigilância sanitária.

Gerson ressaltou ainda que já era vereador na época da crise hídrica, em 2015 e 2016, e que naquele momento também realizou visitas às instalações da COPASA.

"O que eu percebo é que desde a crise hídrica a situação da COPASA piorou. A empresa se comprometeu a fazer uma série de mudanças e, ao visitar a estação, percebemos que nada mudou. Equipamentos continuam sem manutenção e limpeza, nenhuma obra de ampliação ou construção de nova estação saiu do papel, não há cercamento adequado resguardando a barragem", explica o Presidente da Comissão.

Visita aos poços e boosters

Os Vereadores integrantes da Comissão Especial da Copasa (CEI) visitaram, no dia 08/08, alguns poços e boosters na cidade que são de responsabilidade da Copasa. Estiveram presentes o Vereador Gerson Gomes (PTC), presidente da comissão,mo Vereador Reginaldo Victor Bastos (PT), relator da comissão, o Vereador Sérgio Aroeira Braga Filho (PSL), membro da comissão e o Vereador José Silvio Gomes (MDB), membro suplente.

A visita começou no bairro Chácara onde a moradora Maria da Conceição Pinheiro mostrou um córrego de esgoto que passa no fundo da sua residência. A situação é antiga e de conhecimento da Copasa e Prefeitura, e já causou muitos problemas à moradora. Além do fedor constante, no período das chuvas, o córrego enche, e a água de esgoto chega até a casa de Maria.

A preocupação é ainda maior, pois a menos de 50 metros do córrego há um poço da Copasa. No local, não há nenhum cercamento, placa ou informação indicando se o poço está ativo ou não. A moradora disse que não sabe se há distribuição de água partindo daquele ponto, mas se houver, há riscos de contaminação pela proximidade em que o esgoto passa do lençol freático.

Dando continuidade às visitas, a comissão encontrou mais um local em que um ponto de distribuição — Booster Santa Clara — na rua Avelino Cardoso, fica localizado ao lado de um córrego de esgoto a céu aberto.

Além desse ponto, enquanto a comissão se deslocava para o bairro Rancho Verde, encontrou na rua João Corrêa Lino mais um córrego de esgoto. Nesse ponto, aparentemente, a água não tem espaço para escoar e fica represada em um único ponto, ocasionando em mau cheiro e aparecimento de muitos insetos, como os pernilongos e moscas.

A visita foi finalizada no bairro Rancho Verde e seus arredores, pois nessa região há muitos pontos de mina e poços da Copasa, mas também pontos de descarte de esgoto.

No bairro, próximo à borracharia, a comissão encontrou um córrego de esgoto a menos de dois metros de uma mina d’água e por causa da proximidade, os moradores da região pararam de beber água do local, devido ao risco de contaminação.

Na mesma região, há o poço C-03 Rancho Verde, que aparentemente é responsável pelo abastecimento da região. Mas, novamente, a menos de 20 metros do poço, a comissão encontrou um córrego de esgoto a céu aberto.

A visita durou cerca de 3 horas e a comissão apurou, registrou e fotografou informações importantes que serão colocadas no relatório final da comissão e apresentadas à população e autoridades competentes em uma audiência pública.

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